quarta-feira, 24 de junho de 2015

De amor

             De amor. Reduz-se o vocabulário a zero quando o assunto se condensa em fantasias e desejos surreais, realidade e atos concretos.
             De nada. Tudo realizo apenas ao imaginar momentos lindos que ainda não vivemos. Somente tenho certeza de que, mesmo em mundos vazios e longínquos, nos encontraremos sem (com?) malícia.
       De imaterialidade. Concretude de sonhos esvaídos na imensidão de lugares onde nos encontramos e, ao mesmo tempo, perdemos o fio da afinidade que poderíamos tecer todas as vezes quando teu cheiro invade meu corpo despido das possibilidades remotas de ver o sabor da tua boca.
              De carne. Espíritos emaranhados por conta da saudade ardente de te sentir pela primeira vez dentro de mim. Profusão de consequência e causa entrelaçadas por uma concessão: existirmos dois como um. Um, dois, zerados na explicação de carne, de imaterialidade, de nada.
               De amor.

Ambiguidades


          Todo meu amor será dado a ti, a quem me faz viajar tão perto de mim e, ao mesmo tempo, tão distante de quem sou. Todo teu amor será compensado em meus pensamentos vagos, tortuosos e precisos. Ambiguidade de cores, sentidos, poesias e paixão. Singularidade que só tu consegues me impor. Convite de quereres.

sábado, 14 de março de 2015

Poesia metalinguística

A poesia voltou a fazer parte dos meus dias.

Poesia de um amor que inunda minha vida até hoje, mesmo que seja apenas em forma de lembranças.

Poesia de carinhos em encontros tão esperados.

Poesia de poesias e poemas escritos e dedicados a quem me faz perder as palavras ao explicar o sentimento que sinto.

Poesia de boas conversas e cumplicidade sempre.

Poesia de sons, beijos, cheiros e abraços.

Poesia.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Mensagem de uma madrugada saudosa...

Muito tempo que nem nos vemos e, me desculpa, mas ainda continuo perdido sem saber o que aconteceu com a chama do sentimento que sentíamos um pelo outro. Eu te amava (usando o verbo no pretérito imperfeito parece que não sinto mais aquele AMOR) demais e não acredito que aqueles momentos singulares ficaram esvaídos nas lembranças ao ouvir músicas que me fazem lembrar de ti ou quando estou com a cabeça no travesseiro sem ti ao meu lado. É muito difícil aceitar que não vamos mais viver aqueles planos de futuro que tínhamos de alçarmos a FELICIDADE juntos. Nunca imaginei sentir esse sentimento, nessa proporção, por ninguém. Senti e SINTO por ti. Sonho contigo toda semana, e o meu sonho é que revivamos tudo; e que eu ainda possa sentir os teus abraços a me acalentarem o medo de te perder.
Eu só queria que tu me disseste o que eu preciso fazer pra que nosso amor reacenda.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

S.O.M.E

Não quero um amor que SOME.

Quero um amor que S+O+M+E.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Para ficar na memória...

           Porque dentre todas as lembranças que eu possa ter, os nossos breves momentos juntos serão as mais belas.
           Pela intensidade que senti amor por ti, cheguei a crer que Cleyton menos "o magrinho lindo" seria inconcebível. É óbvio que os sentimentos, por vezes, cegam-nos a razão e nos tiram a capacidade de pensar com lucidez. Mas ainda hoje me pego sonhando acordado com um futuro promissor e poético para nós.
           Eu preciso aceitar que teremos o futuro poético com o qual sonho; entretanto, cada qual com o seu. Preciso entender que serás feliz com outro alguém, embora esta seja a parte mais dolorosa: saber que estarás nos braços de outro e acordarás com o "bom dia" que não será o meu. 
          
           Hoje decidi que o melhor a fazer é me despir de todo egoísmo e te deixar livre (na minha mente). Estavas preso aos meus pensamentos ainda como o "meu" Vitor. Não quero nem vou fazer contigo algo tão mesquinho.
          Não vou dizer que seja fácil, contudo é necessário me libertar do que me deixa engaiolado aos teus cuidados, os quais já não mais, de fato, existem.
         
           Assim, com pesar mas por tudo de mais lindo e singelo que vivemos, eu te digo: segue o teu caminho. E que esse caminho seja de um amor tal qual eu te dei. Segue o teu caminho...
 
          E tu estarás sempre em minha memória como uma boa recordação.
  

sábado, 9 de novembro de 2013

Amar distante. Amor constante.

Os dias passam e o amar não sai de mim.
Cheiros e gostos seus invadem-me todas as noites na cama.
A necessidade dos abraços e beijos é substituída por olhar suas fotos a fim de sanar a falta que ele me faz.
O choro, ao lembrar que não estamos mais juntos, é inevitável.
E a vontade de tê-lo comigo por longos dias...
Infinda.
Nunca tive a pretensão de que fosse para sempre. Gostaria apenas de que fosse (um pretérito imperfeito).

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Minha quarta-feira de cinzas...

Minha folia é estar de porta aberta, frevando a te esperar passar por mim.
Meu frevo é igual ao silêncio de todo esse tempo cantando a tua volta.
Meu canto é a música interrompida quando me desocupo de pensar no que passamos juntos.
Minha música nada mais é que uma prisão de ti apenas.
E o que me prende é a tua dança.
Nada sou além de um carnaval...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Velha saudade


Já estava com saudades de divagar à noite na cama, antes de dormir, sobre uma paixão sem precedentes...

Já que perdi o sono ontem, 
escrever é consequência natural.

sábado, 1 de junho de 2013

O que passou morreu. Eu penetro.

         
             Pensando em complexidades, a penetração talvez seja uma engrenagem difícil de aceitar e compreender. Por vezes, muitas vezes, não permitimos que o conhecimento, as pessoas e as ideias penetram em nós e nos mitifiquem o pensamento. Quando nossas veias já estão cheias de entorpecentes e nosso corpo esperando a porra, deixamo-nos concordar com o que não acreditamos. Penetramos nossa voz no desempenho inócuo de hipotenusas, monalisas e mozarts, sem ao menos ter coragem de alçar voos de frango. Onde estão minhas qualidades? Canetas não dizem nada senão o que os olhos veem e o coração ainda não sentiu. Ou sentiu? Tanto faz. O objeto que me ilumina não é psicótico e não lhe cabem perdões ou conversas baratas de ventilador; somente o que se vive, se sente. Cigarros, ampolas e drágeas não se importam com crenças e pertencimentos. E quanto a enlouquecer, correr é melhor do que se controlar. Aliás, muito melhor do que receber de presente a perda do tempo. Pareço não mais estar em mim, estar aqui, estar na complexidade do que exacerba minha penetração. Porque decisões nem são mais importantes assim; o que importa, de fato, é tragar, jogar-se, deitar com as exceções, entender as regras da desumanidade, subir escadas e nunca penetrar papos furados sobre o que me penetra e alucina meus começos.