sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A distância


O papel parece estar distante do meu lápis. Começo a escrever o que sinto no mais íntimo de mim e algo prende as palavras, não as deixa livres para expressarem essa fase de dúvidas, receios e ansiedades.

Eu estava satisfeito com a minha solitude. É tudo tão confuso... quando pensava que passaria muito tempo sem me entregar por inteiro a alguém, reaparece uma oportunidade de rir e chorar, compartilhar momentos marcantes, esquecer do mundo e mergulhar nos braços de quem quero hoje. Queria gritar seu nome, mas se o fizer, mesmo estando perto, não me ouvirá.

Vou dar um passo de cada vez. Cada dia com seu próprio mal.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Encontro's



Um encontro.
O melhor encontro dos últimos tempos.
Conversas para contar as novidades e reaver o tempo em que estivemos distantes.
Uma volta.
Mais conversas.
Agora o olhar não era outro. O mesmo, porém recíproco.
Outra volta até nos enfiarmos dentro de um quarto pequeno com uma cama também pequena.
Eu nem lembrava como eram seus beijos. Na verdade, eu nem lembro se da outra vez que ficamos, nos beijamos. Mas posso garantir que foram marcantes. Apertava-me com força, sentia o seu corpo roçar no meu com um tesão enorme. E nos beijávamos mais.
Tiramos as camisetas, e ele começou a beijar meu peito e dar leves mordidas. Enquanto isso, lambia sua orelha esquerda. Transitei pelo seu corpo, desvendando algumas partes não descobertas em Janeiro.
Já sem as calças, nos abraçávamos e beijávamos. Nos seus braços eu tinha a dimensão, mesmo que apenas por um momento, da enormidade do mundo e da brevidade da vida.
Quase cheguei ao ápice do prazer apenas nas preliminares.
Nus.
Na cama...
Transei como nunca. Transamos.
Várias tentativas não permitidas de gozar, porque entendi que precisávamos curtir mais o momento que, talvez, não se repetisse mais.
Transamos mais. E mais. E mais...
Gozamos.
Pensando agora que já passou, sei que não foi apenas sexo por sexo. Havia algo mais, que nem sei dizer o quê. Mas vou descobrir. Vamos.
O tempo, tempo, tempo, tempo nos dará as respostas, como canta a maravilhosa Maria Bethânia.

Fiscalizando...

Uma troca de olhares.
O envolvimento é perigoso, mas vale a pena correr o risco.
É bem diferente das outras simpatias e melhor do que todos os outros.
Sobreveio-me um presságio de que essa relação será duradoura, porque as experiências passadas fizeram-me amadurecer e compreender a essência do verdadeiro amar. Amar é não relevar tudo ou ceder sempre, mas é respeitar seus próprios valores e não negociá-los.
Dará certo porque esse relacionamento é com "mim" mesmo.