quinta-feira, 11 de março de 2010

Epílogos


[22:33]

[Desabafos de um cronista apaixonado]

Para um escritor é preciso bem mais do que inspiração para escrever algumas linhas. Para mim a inspiração em ti basta. É o suficiente para me impelir a produzir mais que um texto, uma declaração ao meu amor. Usar as palavras de forma coesiva e incoerente. Uma linguagem rebuscada com o melhor que posso fazer, interagindo com a incoerência da dogmática do amor.
Esse não é simplesmente um texto, é uma canção que se renovará a cada leitura. Uma canção ao amor, ao meu amor. Este amor atual, o qual ficará gravado aqui nestas linhas, para que eu nunca esqueça que um dia este sentimento tão singular e singelo fez parte da minha história. Lembrarei deste amor durante toda minha existência, porque amores vividos jamais são apagados, mas são escritos em outro papel, pois este que estava limpo, agora está sendo preenchido por este amor novo, o novo amor.
Eu pensava que minha mente era inalienável e até pode ser, mas meu coração não. Ele se permite alienar pelas loucuras do amor, pelos prazeres que este pode lhe proporcionar, pelos desejos gritantes que insistem em permanecer. Estou então, alienado. Até gosto, pois a razão está oposta aos sentimentos e a alienação está intrínseca ao meu ser, interagindo com meu espírito e meu corpo.
Indícios de um amor vivido estarão neste discurso. Indícios de um amor especial que estou vivendo hoje, sem pensar se será perpétuo. Vivendo-o hoje sem me preocupar com o futuro e sem reviver o passado. Escrevendo esta crônica como se fosse a primeira, não me preocupando com as palavras escritas corretamente, mas com as palavras certas.
Aprendi com um amigo que se você quer marcar a vida de uma pessoa e ser lembrado por ela eternamente, seja o primeiro. Deveras não lembro do segundo beijo, da segunda professora, do segundo amigo... enfim, não me vem à mente lembrança das pessoas que foram as segundas, mas as primeiras são, de fato, inesquecíveis. Eu quero ser o primeiro. Talvez o primeiro a escrever uma crônica dedicada, o primeiro a simplesmente beijar a sua testa e dizer somente com olhar: amor, eu sou teu. Quero ser a introdução do seu texto. O desenvolvimento virá com o tempo. A conclusão, um devaneio.
Epílogo. Resumo. Que esta minha crônica, uma declaração, seja o meu canto, sem subterfúgios, ao sentimento a ti. Um epílogo do que sinto e de como me sinto ao lembrar de ti. E para resumir, que esta dádiva seja concedida a mim, o teu amor.

[23:54]

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