terça-feira, 19 de julho de 2011

1º ato


Sinto-me em um barco imóvel, sem nada a fazer senão remar rumo a quem quero, mas sem saber aonde chegar.
Ele não me quer largar. Seus beijos, em uma noite, foram tão marcantes quanto seu cheiro que sinto ao, simplesmente, fechar meus olhos. Sua pele macia me fez deslizar pelos mais profundos desejos. Ao darmos as mãos, fizemo-nos mais fortes e percebemos que o querer era mútuo.
Ao dormir, ele faz parte do meu último pensamento e não entendo muito bem o que está acontecendo comigo... a saudade se transforma em solidão acompanhada. Tão pouco tempo e tão envolvido em seus laços.
Acordei menos. Quando abri os olhos, meu mais já não estava mais ao meu lado. A distância entre nós, hoje, não é tão grande, mas não posso tê-lo perto a mim para me livrar de todas as aflições do dia.
Amanhã estaremos impossibilitados de nos encontrar, mas poderemos nos ver com mais frequência por uma tela – impessoal, vazia, fria.
“Vamos manter contato...” – sua última fala a mim antes de nos despedir. Esperarei nosso reencontro como nunca.

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