quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Loucuras de amor

[00:42 AM] [23/10/2008]

[Desabafos de um louco]

Não gosto de dizer 'loucuras de amor', pois esta expressão remete a doenças psíquicas que nos levam a cometer doidices. Algo que soe mais ameno, suave, que não seja tão assustador: 'dar o seu máximo à pessoa amada'. Confesso me arrepender de algumas coisas que fiz, mas não faria diferente quando lembro a quem fiz.
Abandonar estudos promissores em uma Universidade almejada por vários amigos, para morar com alguém muito especial. Sua voz encantava, seu olhar penetrante atraía, estar perto era a realização de um sonho, nos tornar amigos foi uma aspiração concretizada, confidentes eu não esperava. Tudo me fascinava, envolvia. Mesmo não me enxergando mais que amigo, eu já estava satisfeito em ser o primeiro a desejar bom dia. Estava pronto a qualquer combate em sua defesa. Sua honra defenderia com unhas e dentes e sua reputação ninguém ousaria manchar, pois estava eu, apto a ser seu advogado. Apresentado à sua família fui, como grande amigo. Também não teria tamanha pretensão a ponto de esperar os acontecimentos fuirem de forma distinta. Não dizia que me amava, tampouco escreveu algumas linhas com palavras bonitas. Eu, à noite, pintava no pensamento cartões que me daria, cartas que me escreveria, uma conversa romântica que teríamos... enfim, imaginava ações jamais concretizadas.
O final da história poderia ter um fim emocionante se eu tivesse lhe falado do sentimento que nutria. Também poderia ter um final romântico se quando nos encontrássemos, nossos livros caíssem no chão e quando fôssemos apanhá-los, nos beijássemos e o diretor mandasse cortar a cena. Mas esta história, esta minha história teve um desfecho, um tanto quanto "louco". Isso devo à maior 'loucura de amor' que já cometi. Ter deixado a oportunidade passar e não ter lhe falado o que sentia. Ter deixado escapar pelas minhas mãos a pessoa que, talvez, fosse minha para sempre. Ter lhe ocultado o mais íntimo de mim que gritava o seu nome.
A maior loucura de amor foi não ter dito: eu te amo!

[01:14 AM]

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