sábado, 31 de janeiro de 2009

Você.

Meu mundo

Meu parque de diversões

Diversidade

Diversificações

Arestas

Minimalismo

Festas...

[19:46]

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Nova recíproca

[17:11] 28/01/2009

[Desabafos de um velho apaixonado]

Começo a me perguntar se a paixão pode prosseguir sem o retorno esperado. A culpa não é minha. Quer dizer, tenho minha parcela de culpa nessa frieza dentro de mim, pois nem ao menos tive coragem de falar pessoalmente. Escrever umas linhas apenas não basta, é preciso dedicá-las e fazê-las serem lidas por quem esse sentimento é dirigido.
E quando agora esta pessoa é empurrada por outra que surge, talvez sem querer, sorrateiramente, sem pretensões e maldades, o que dizer?
É exatamente isso que tem acontecido do lado esquerdo do meu peito. Um sentimento bom, novo por um novo alguém, sem me importar se vai durar um dia, um mês como esse outro, ou alguns anos.. o importante é ser intenso enquanto durar. Aproveitemos ao máximo.
Fazer diferente tem que fazer a diferença. Agora. Me esconder e esconder o sentimento dentro de mim não vai ajudar a ter o que quero. É recente. É. Mas estou afim. Não adianta seguir os padrões impostos sobre tempo, se eu estarei ferindo os meus padrões. Quem comprovou que muito tempo é sinônimo de certezas? Quem disse que é preciso se ter certeza pra se apaixonar? E quem disse que eu busco certezas?
A única distância que deveras distancia é a do coração, mas alguns quilômetros não impedirão que nossos caminhos se cruzem. E quando for, espero não voltar.
O desejo de ter por perto é inevitável, não muito distante do realizar. Basta não se importar com tempos ou distâncias e sim com o que está em jogo... a recíproca precisa ser verdadeira.

[17:48]

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Meu 1º Carnaval

[00:20 AM] 26/01/2009

[Desabafos de um carnavalesco]

Ainda estamos nas prévias e já tenho aproveitado todos os momentos ao máximo. Cada ladeira que subo ou desço, cada bloco que passa me convidando a segui-lo, cada olhar que me é retribuído, cada fantasia que visto. Tudo tem me encantado de uma forma inexplicável.
Ontem, a segunda vez que fui à concentração carnavalesca, foi o dia em que estava mais familiarizado com tudo que acontece por lá. Olinda. Também pudera, a primeira vez é sempre tímida, mais para adaptação do que para curtição. Não encontrei tantos amigos nem conheci tantos novos como ontem.
Entorpecido estava, mas não a ponto de perder os lances. Ébrio, porém sóbrio. Um pouco dualista, mas a pura realidade. Ou misturada. Enfim... a realidade nua e crua. Nua sim, porque é carnaval e no carnaval só não pode não poder. Vários sentidos e um só sentimento. Satisfação.
Todo carnaval tem seu fim, é bem verdade, mas não me preocuparei com isso agora, pois está só no começo e ainda há muito a gozar. Muitos blocos a acompanhar, várias pessoas a conhecer, outras a reencontrar, várias ladeiras para frevar e pular. E quando a quarta-feira chegar, ingrata, e só restarem as cinzas,escreverei outra crônica para destacar os momentos marcantes deste primeiro carnaval, inesquecível até então. Vivendo um dia após o outro.

[00:45 AM]

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Passando a limpo a ordem

[Sem hora marcada] 22/01/2009

[Desabafos de um metódico]

Caneta e papel obsoletos diante de tanta tecnologia, mas eles têm sido muito féis e companheiros nas noites e madrugadas ociosas como esta. A caneta para registrar e o papel para reler e relembrar, reviver as aventuras e desventuras vividas hoje. O interessante é que esse sentimento se revigora a cada olhar, mesmo que seja bem de longe, escondido atrás de uma tela, minha proteção. Pretendo olhar bem de perto nos seus olhos até pegar no sono, acordar fazendo cafuné... mas antes preciso declarar tudo que sinto e como me sinto ao sentir tudo isso. Coragem. Sei que o tempo certo virá na hora certa junto à oportunidade oportuna.
Esse amor repentino porém intenso, me ajudou a me desvencilhar dos medos. Temores que não me deixavam perseverar na árdua luta que travava contra algumas amarras dentro de mim. Só entendo a liberdade hoje por sua causa, embora nem saiba. Ainda. Ficará sabendo e a partir daí o roteiro já não será mais pertencente a mim. Isso não significa que preciso adotar a passividade e apenas ficar esperando por uma resposta. Poder. Eu posso fazer com que a resposta seja satisfatória para os dois lados. Que seja apenas um. Enlace.
Seus gostos ainda não sei, mas os farei todos. Tudo é tão novo, literalmente. Desconhecido. Mas não há nada que já saibamos antes do aprendizado. Tudo segue sua ordem natural. Sonhar, pensar, escrever, passar a limpo, ler, publicar, reler. Paro por aqui, pois esta é a minha ordem. Não quero interferir na ordem alheia. Meu desejo é tocar no mais íntimo do seu coração, mas não tenho pressa. O resultado pode ser a longo prazo, o que quero mesmo é fazer parte da sua ordem.

[Hora não registrada]

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Enfim livre (?) 2

[23:43] 19/01/2009

[Desabafos de um aspirante a liberdade]

Cativeiro nunca mais! Gostaria de viver esta frase, mas será possível em meio a tantas lembranças? Se não bastasse a minha mente estar indo no sentido contrário de tudo que me completa, ainda vem pessoas querendo me aprisionar no meu passado branco. Perdão aos moralistas, mas prefiro meu presente negro.
Será que nunca estarei totalmente livre? E como entender um livre arbítrio onde a liberdade é arbitrária? Posso escolher, mas não tenho escolha. Paradoxo. Nem minhas lembranças me deixam livre. Sou obrigado a lembrar o que a mente traz. Lembro sem querer lembrar, apenas lembrando. E essas recordações sobre tudo que já vivi, de tanto que lutei pela libertação, voltam me prendendo sempre ao passado. Memória escravocrata. Ser livre para esquecer deveria ser um direito, mas sou livre somente para cumprir meus deveres morais.
A liberdade de calar já me foi tirada, acredita?! Tenho que falar, mesmo que isso custe a minha reputação. Talvez no silêncio eles me entenderiam mais, mas o que querem mesmo é ouvir a minha voz. A única liberdade de expressão que existe então, é a expressão de expressar tudo. Mais uma vez não me vejo livre para falar quando quero nem para falar só o que quero.
Soltemo-nos das correntes. Pés e mãos livres! Resta saber se, assim como as mãos e os pés, a mente será enfim liberta das lembranças, pensamentos e dogmas que só me prendem cada dia mais. Desarraiguemo-nos, pois.

[00:28] 20/01/2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Destino's

[15:58] 19/01/2009

[Desabafos de um futurista]

Não adianta escrever o que escrito está. Eu acredito em destino. Chega de blá, blá, blás. O que tiver de ser meu vai ser. Ponto

[16:09]

sábado, 17 de janeiro de 2009

Enfim livre (?)

[00:14 AM] 17/01/2009

[Desabafos de um libertário]

Ainda não estou familiarizado com a tal liberdade, talvez porque nunca a tive por perto. Liberdade é algo libertário, desprendedor. Vai além e muitas vezes não é bem aceita, mas disso eu entendo bem. A vida é feita de escolhas, decisões. Cada qual deve optar pelo que acha melhor para si, dentro de suas perspectivas e desejos. Eu sou livre para escolher. Escolhas, sejam elas certas ou não, são minhas escolhas. Liberdade. As pessoas que ainda não estão livres sentem-se no direito de escolher minhas escolhas. Me querem aprisionar em um calabouço que não é meu. Esta não seria uma liberdade arbitrária? Escolha. Levando-se em consideração que a liberdade é uma escolha em que renunciamos várias coisas, e uma delas, o cômodo aprisionamento. Na maioria das vezes estamos acorrentados e não conseguimos olhar pra trás e ver que fomos nós mesmos que nos acorrentamos. E o mais lamentável é quando colocamos a mão no bolso e nos damos conta que a chave da liberdade esteve o tempo todo conosco. Cabe a nós a escolha pela libertação. Liberdade dos medos, liberdade de expressão, uma liberdade que liberte. Liberdade. Um pequeno texto de apenas um parágrafo. Não seria eu, livre para escrever meu texto com uma métrica livre, ou você leitor não me permitirá ao menos, a liberdade para redigi-lo como quero, livre de qualquer regra e convenções? Liberdade.

[00:43 AM]

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Entre cores, sentidos e pincéis


[23:44] 13/01/2009

[Desabafos de um excêntrico]

Silencio no silêncio.
Não sinto cheiro nem ouço sons.
Quem dera visse algo a minha frente.
Posso pintar.
Que cor usar?
E os tons?
Tem que ser algo diferente.
Usarei, pois, azul.
Verei o céu.
Sol a pino.
Se usar cinza, apenas imagino.
O dia está nublado.
Água.
Premência.
Homens.
Homem.
Eu.

[00:01 AM] [14/01/2009]

Recordações

[15:00] 13/01/2009

[Desabafos de um recordista]

Na minha ingenuidade, pensava que já não me abalaria quando o reencontro acontecesse. Mesmo que não nos falássemos, apenas o olhar seria o bastante. Aconteceu. Ontem voltando do Shopping pelas avenidas solitárias do Recife, pois já passava das 20:30, avistei de longe, vindo ao meu encontro, a pessoa que me fez muito feliz em meia hora e me fez, ao mesmo tempo, saber o que é sofrer de verdade por alguém. Foram quatro meses sem me interessar por outra pessoa, na vaga esperança de um novo encontro e um, enfim, começo.
Eu fingi ter calma, mas os passos não me deixaram negar a euforia, somente por cruzar o seu caminho. Eu poderia parar aquele momento. Parei. Agora, com a lembrança que tenho do ontem, de um ontem que poderia ser diferente mas não foi. Aconteceu exatamente como aconteceu.
Não sei se foi pior o antes, o durante ou o depois de termos cruzado nossos caminhos naquele instante. O antes palpitou meu coração de um jeito inesperado. O durante me fez lembrar de tudo que aconteceu. Um segundo foi suficiente para me transportar àquele lugar onde tudo foi real. Os seus beijos inigualáveis e incomparáveis. Seu toque, o mais tocante. Seu olhar, talvez não quis me falar tanto quanto minha mente quis captar. E o depois me remeteu ao tempo de choro, da dor pela perda do que nunca tive, do sofrimento que me permiti sentir. Me fez lembrar do seu nome, o qual nem tenho certeza se é aquele que me falou.
Não entendo como pude ser tão tolo. Sofrer por alguém que nem imagina o quanto sofri. O pior é hoje analisar esse tal reencontro, um vindo, outro indo sem sentir absolutamente nada. Claro que quem estava vindo era eu. Apenas vindo sem esperar nada em troca. Vindo caleijado com as marcas outroras deixadas no coração.
Embora saiba que sou um novo homem, também sei que essas marcas não sairão de mim porque podem ser amenizadas, mas nunca destruídas. Estou apaixonado hoje, por outra pessoa que tem tomado conta de mim, inteiro. O encontro de ontem me serviu para mais uma vez me ajudar a me desvencilhar daquela paixão louca, a parar de lembrar apenas dos momentos bons, mas me fazer refletir no mal que me fez. Preciso ver este amor do hoje que tem me feito tão bem e esquecer do ontem. Urge deixar de ser um recordista em recordações e viver apenas o hoje.

[15:57]

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Desde sempre

[sem hora marcada] 14/01/2009

[Desabafos de um grande amigo.. dedicado a Nathi]

Amor. Sentimento exato.
Cumplicidade. Vem de dentro e transborda.
Respeito. É bom e nós gostamos.
Carinho. Desde sempre.
Diversão. É o que nao falta.
Conversas. Enquanto houver assuntos.
Um brinde. Façamos, pois.
Segredos. Temos.
Manhã. Cedo.
Tarde. Universidade.
Noite. Quem sabe...
Preto(a). Somos.
Óculos. Os melhores.
Uma disparidade. História x História.
Vergonha. Desde quando?
Cair. Ergamo-nos.
Homem. Mulher.
Esperar. Meu castigo.
Encontrar. Alegria!
Ferro. Passa minha roupa?!
Jantar. De gala.
Beleza. Bunitona.
Boca. Psiu! Nao fa-la na-da!
Amizade. Nao há nem encontrei outra palavra em todo o léxico que resuma tudo isso e defina melhor nosso relacionamento.
Amo. Pronto.

[hora nao registrada]

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Covardia

[23:26] 11/01/2009

[Desabafos de um valente]

Hoje sou grato. Gratidão a alguém que não encontrei quando deveria encontrar. Grato por me isentar do peso da decisão. Dizer não ao prazer é mais complicado do que se pensa, principalmente quando o prazer concorre com uma, ainda, expectativa.
Seria mais cômodo gostar de quem já gosta de mim, mas também mais covarde. Não querer sofrer ou penar um pouco por quem se quer de verdade, para enganar alguém que surgiu na sua vida repentinamente e lhe jurou amores, é falta de sinceridade com você mesmo,ou melhor dizendo, comigo mesmo.
Saber que o tempo se encarregará de todo trabalho e eu só preciso perseverar e fazer a minha parte, a conquista. Cada dia com seu próprio mal. Amanhã será outro dia e já terei outros leões para matar. Será que não vencerei este? Parece que é impossível e está fora do meu alcance, mas ao menos cogitar a possibilidade já me ajuda a não esmorecer na batalha. Quero tanto ganhar que não vejo outra condição a não ser vencer. Este amor correspondido será e durará o tempo que tiver de durar.
Depois de tudo que já vivi e escrevi até aqui, é impossível pensar em uma troca covarde de amores. Um está nas minhas mãos, outro ainda invisível aos meus olhos, porém este mantém a chama acesa, enquanto aquele tinha uma pequena brasa que se apagou num encontro felizmente frustrado.

[23:58]

domingo, 11 de janeiro de 2009

Padrão

[15:44] 11/01/2009

[Desabafos de um despradonizado]

Não queria que fosse assim.. ser obrigado a não mais querer algo que queria, a desgostar de algo que sempre gostei, mas é assim. Estou fadado a essa obrigação pelo simples fato de não seguir o padrão. Padrão de seres iguais a mim, diferentes de mim. Padrão dos certos que não pode ser seguido por mim, já que tenho errado tanto aos seus olhos. Sou feliz, mas não posso ser porque estarei errado e infeliz. Ninguém acredita na minha felicidade, pois para estar feliz é mister que eu tenha os mesmos motivos que eles. E não adianta falar, ninguém vai concordar.
Aprendemos desde cedo que precisamos fazer escolhas em nossa vida, mas não querem me permitir fazer a minha. Para estar de acordo com o padrão temos que escolher uma escolha já escolhida por alguém padronizado. Meu estado é lamentável e o padrão deve ser invejável. Se me chamam e não quero segui-los sou rebelde, mas se os convido para me acompanharem, os estou desrespeitando pela ousadia que demonstro. Onde está a linha divisória entre respeito e desrespeito?
A escolha foi minha por não seguir o padrão e não deixar minhas crenças e convicções, por ser quem sou sem máscaras, mas fui mais uma vez obrigado a não estar com eles, só porque estou despradonizado.

[16:15]

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O Normal

[01:47 AM] 20/10/2008

[Desabafos de um normal]

Cometo eu atrocidade tamanha em conhecer uma pessoa, conversar com ela, compartilhar momentos bons e ruins, me tornar amigo, me apegar a ela e consequentemente nutrir um carinho especial? Mas, e se eu me apaixonar por esta pessoa, serei eu anormal? Será que não tenho o direito de amar e ser feliz como qualquer pessoa normal? Não vou gostar de quem não gosto, pois isso não seria normal.
Muitas vezes me pergunto se vale a pena satisfazer os desejos da sociedade e me negar o prazer de viver como de fato sou. Alguém tem que ceder. Por que tem que ser eu? Não vou me exilar no meu íntimo e retrair algo que sinto, apenas porque não é normal. Mas o que é normal? Quem dita a normalidade? E o ditador da normalidade já precisou sentir na pele o desejo pela anormalidade e sabe o que é se sentir anormal? O normal não é ser quem sou? O normal é ser esquizofrênico para agradar alguns? E quem escolhe a anormalidade? Será que eu, de livre e espontânea vontade, escolheria não ser normal e excluído ser, assim, do meio em que vivo? Serei eu tão cruel comigo mesmo?
Não vou usar roupas amarelas se gosto de verde. Não vou estudar Geografia se gosto de Matemática ou Química. Não vou ler obras de Fernando Pessoa se gosto de Clarice Lispector. Não vou ouvir Rock se gosto de Mpb e Bossa Nova. Não quero nem vou ser normal para a sociedade e anormal para mim.
Mas, e se for normal esquecer? E se eu esquecer de dizer que sou homem, ainda assim seria eu anormal por ter esquecido um detalhe? O detalhe faz toda a diferença? E se eu disser que o detalhe é que me apaixonei por um humano?

[02:13 AM]

Loucuras de amor

[00:42 AM] [23/10/2008]

[Desabafos de um louco]

Não gosto de dizer 'loucuras de amor', pois esta expressão remete a doenças psíquicas que nos levam a cometer doidices. Algo que soe mais ameno, suave, que não seja tão assustador: 'dar o seu máximo à pessoa amada'. Confesso me arrepender de algumas coisas que fiz, mas não faria diferente quando lembro a quem fiz.
Abandonar estudos promissores em uma Universidade almejada por vários amigos, para morar com alguém muito especial. Sua voz encantava, seu olhar penetrante atraía, estar perto era a realização de um sonho, nos tornar amigos foi uma aspiração concretizada, confidentes eu não esperava. Tudo me fascinava, envolvia. Mesmo não me enxergando mais que amigo, eu já estava satisfeito em ser o primeiro a desejar bom dia. Estava pronto a qualquer combate em sua defesa. Sua honra defenderia com unhas e dentes e sua reputação ninguém ousaria manchar, pois estava eu, apto a ser seu advogado. Apresentado à sua família fui, como grande amigo. Também não teria tamanha pretensão a ponto de esperar os acontecimentos fuirem de forma distinta. Não dizia que me amava, tampouco escreveu algumas linhas com palavras bonitas. Eu, à noite, pintava no pensamento cartões que me daria, cartas que me escreveria, uma conversa romântica que teríamos... enfim, imaginava ações jamais concretizadas.
O final da história poderia ter um fim emocionante se eu tivesse lhe falado do sentimento que nutria. Também poderia ter um final romântico se quando nos encontrássemos, nossos livros caíssem no chão e quando fôssemos apanhá-los, nos beijássemos e o diretor mandasse cortar a cena. Mas esta história, esta minha história teve um desfecho, um tanto quanto "louco". Isso devo à maior 'loucura de amor' que já cometi. Ter deixado a oportunidade passar e não ter lhe falado o que sentia. Ter deixado escapar pelas minhas mãos a pessoa que, talvez, fosse minha para sempre. Ter lhe ocultado o mais íntimo de mim que gritava o seu nome.
A maior loucura de amor foi não ter dito: eu te amo!

[01:14 AM]

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O Encontro

[23:04] 02/01/2009

[Desabafos de um perdido]

Começar dizendo que preciso me encontrar, seja na minha solidão ou nos braços de um novo amor. Amor esse que precisa antes de qualquer coisa me encontrar. Quero ser achado, pois cansei de procurar por alguém que não encontro. Ser uma pessoa completa para alguém inteiro. Mas como, se não acho ao menos alguém pela metade?
Em alguns encontros me contive para não deixar transparecer minha admiração imediata. O desejo de um reencontro casual era inevitável. Sabia que algo estava para acontecer, mesmo que fosse somente no meu íntimo, mas preferia continuar imaginando que seria um encontro inesquecível. Em uma data especial apenas uma frase e um abraço me encantaram. Foram o suficiente para que eu me abstivesse dos meus medos e começasse a pensar na possibilidade de me encontrar no meu próprio avesso. A paixão recente, porém avassaladora, me libertaria do labirinto em que me havia perdido. Seria minha heroína.
Estou esperando ansiosamente pelo nosso próximo encontro. Esperando e planejando o que vou falar, como vou agir, como reagirei a alguma investida, embora saiba que é impossível planejar algo para um momento tão singular e mágico. Mas também não quero me perder nas palavras. Preciso estar seguro. Não quero me precipitar, mas não poderei conter a precipitação do coração. Preciso estar calmo, mas como controlarei a euforia por estar simplesmente ao seu lado? Poderei eu, controlar os impulsos que nem eu sei de onde vêm? Devem ser emocionais, pois já não encontro a razão.
Aguardarei então pelo próximo encontro, para que encontremos um ao outro e um no outro aquilo que ainda está perdido... o amor.

[23:58]

Desenrolando...

[00:03 AM] 06/01/2009
[desabafos de um enrolado]

Estou farto do desenrolar da minha vida. E o pior é quando lembro que o culpado disso tudo sou eu. Culpado pelas escolhas erradas, culpado pelos amores não vividos, culpado pela repressão ao meu próprio eu. Sentir que a vida é efêmera e que o comodismo é o vilão por alguns anos perdidos sem aproveitar o melhor da vida. Estar mais preocupado com a felicidade alheia em me ver bem aos seus olhos e despreocupado com a forma com que meu corpo e minha mente reagirão quando descobrirem que viveram vinte anos de engano, recatados e fadados a existirem sem a real satisfação dos prazeres terrenos. Colocando-me em seus lugares, não creio que aguentaria esta crueldade do meu eu comigo mesmo.
Estou farto do desenrolar da minha vida. Relembrar tudo que vivi, me auto-flagelando por fazer o que achava certo. É no mínimo contraditório. Este dualismo fez parte de mim por muito tempo, entranhado em todas as partes do meu corpo. Minha boca só beijava pessoas não desejadas, minhas mãos só tocavam rostos politicamente corretos. E o que falar da pele? Melhor não comentar, pois mergulhar num passado imóvel e frustrante é como voltar ao coma.
Estou farto do desenrolar da minha vida. Só eu posso mudar o que está estagnado. Não preciso virar a mesa do jogo, basta trocar de posição. Sair da passividade mórbida da defesa e entrar com tudo no ataque. Dominar o jogo. Esta tarefa cabe a mim. Árdua, porém gratificante.Ver que já não mais estou entregue ao meio e não sou apenas seu produto. Sou alguém que consegue fazer do meio o seu meio, o meu meio.
Estou farto do desenrolar da minha vida. Descansarei pois, agora, no meu próprio cansaço. Ele me fará renascer vigoroso e com esperanças que dias melhores virão. Fará reaparecer os sentimentos escondidos. Rejuvenescer os antigos desejos. Afirmar os amores já vividos, porém negados.

[00:46 AM]